Vestir a Camisa.

Ao referir-se a este tema, despertasse muita empolgação por se tratar de assunto relacionado ao campo da motivação. Então, o que é “vestir a camisa” em um contexto mais amplo do que sugere a frase. Em muitas organizações, este instrumento motivacional apresenta um impacto importante nos resultados dos negócios por estar ligado diretamente ao desempenho dos colaboradores. Indicar o colaborador que se dispõe a “vestir a camisa“ é o mesmo que ressaltá-lo dos demais ao referir-se a este, como aquele que apresenta um desempenho excepcional por iniciativa própria sem estar sendo estimulado para isto.
Aqui, tentasse tratar deste assunto de maneira direta com a intensão de elucidar aos interessados, os componentes envolvidos nesta atitude voluntária e pessoal do trabalhador.
Vestir a camisa é aglutinar vários elementos relacionados ao comportamento e a atitude positiva na busca da realização no trabalho, família e outros níveis da sociedade sem ter que se desgastar para isso.
O individuo que abraça suas causas e avança no sentido da obtenção do sucesso sem medo das atribulações da caminhada, terá o privilégio de desfrutar o doce sabor da realização pessoal e, é complicado com certeza, o ajuste a esta condição, pois as criticas serão severas e os rótulos serão atribuídos. Ter o conhecimento das situações que norteiam nossas vidas, permitem que identifiquemos as dificuldades e sabendo da existência destas, teremos elementos que nos ajudam a analisá-las e encontrar a melhor maneira de contorná-las.
Nas organizações, é importante avaliar o terreno onde se pisa para não pecar e acabar ficando em uma situação de desvantagem em relação aos competidores diretos interessados nos seus vacilos.
Não importa o quanto é competitivo e hostil é o ambiente na organização onde se luta pela manutenção da posição conquistada e sim, as maneiras de como contornar as dificuldades que nela se apresentam. O individuo tem que estar blindado contra os eventos que orbitam suas atividades fora do âmbito do trabalho e trazem desconforto e ansiedades que não precisariam existir, pois estas funcionam como elementos desmotivadores no seu empenho.
Não existe uma fórmula milagrosa que possa vir a resolver problemas relacionados a conflitos nas organizações devido à concorrência interna pelos melhores cargos já que vivemos em um regime de capitalismo selvagem em que pode mais quem chora menos e os tapetes não estão pregados no chão.
Aos indivíduos que se sentem acuados diante deste cenário assustador, existem alternativas disponíveis para enfrentar aquilo que o ameaça. Honestidade, integridade, empenho, competência e habilidade já são por si só, ferramentas importantes para a manutenção de seu cargo e dar retorno para a organização que o acolheu como colaborador.
Tudo bem, problema quase resolvido, a organização está satisfeita com o resultado obtido pelo nosso brilhante colaborador. E aí vem a pergunta que não quer calar. Se do lado profissional o individuo está realizado, o pessoal não deveria estar também?
Há muito se sabe que em diversas situações uma coisa não anda de mãos dadas com a outra. Pesquisa recente realizada nas maiores corporações dos EUA revelou que a maioria dos gestores destas, embora realizados profissionalmente não se sentem realizados pessoalmente em virtude de estarem executando o trabalho sem o componente emocional ligado a este. Um dos entrevistados relatou que a atividade que realiza na empresa onde trabalha, não está relacionada à sua vida pessoal e só o faz devido à necessidade de ganhar dinheiro.
É duro conviver com esta realidade não? Como encontrar o equilíbrio entre a necessidade de viver e ser feliz, saciar a sede de conforto e desfrutá-lo sem culpas?
Esta é a questão que resume toda a aflição encontrada pelas pessoas que se vêm obrigados a investir boa parte do precioso tempo em uma atividade remunerada.
Trabalhar e ser feliz.
Certamente existem relatos de pessoas que dizem ter conseguido atingir este estágio e também, a descrição da maneira de como isto foi possível, mas com certeza, não é aplicado a todos.
O fato é que as dificuldades impedem, na maioria dos casos, a obtenção do equilíbrio almejado, mas, no entanto, é necessário ser persistente e tentar descobrir a todo custo, uma maneira de tornar o útil em agradável, pois a felicidade está imperiosamente ligada a isso.
A necessidade de trabalhar está ligada mais a nossa sobrevivência do que a realização profissional ou pessoal e nesta luta desigual, as seqüelas são evidentes e acabam refletindo em nossa vida particular.
Quando adultos, vivemos uma boa parte de nosso tempo dentro de ambientes competitivos onde a prioridade é acertar sempre não havendo espaços para gestos afetivos que minimizem este estado de coisa. É muito difícil manter a privacidade preservada. O isolamento é improvável e praticamente, é imposto o envolvimento com situaçõe.
Muitas vezes, na tentativa de manter um ambiente equilibrado no que se refere às relações interpessoais, relevasse muitas situações desconfortáveis que no dito popular é o mesmo que engolir sapos. Seria muito bom e produtivo se nos fosse permitido ser sincero, autêntico e correto nestas situações, porém corre-se o risco de não agradar determinadas pessoas e se colocar em evidência negativa deixando a posição conquistada na organização em perigo e aí, não é o caso, pois precisamos do emprego a qualquer custo nem que seja em detrimento de nossas almas, acabamos aceitando os inconvenientes do dia a dia.
A dedicação ao trabalho chega às raias do absurdo senão vejamos por que:
Um ano possui 365 dias e todos eles, dedicados ao trabalho, pois mesmo nos momentos longe, estamos ligados a ele de uma maneira ou de outra. Matematicamente, são mais ou menos 190 destes são destinados ao trabalho. Um ano tem 8760 horas sendo que destinamos ao trabalho, 4560 horas de nossa preciosa vida a este. Seria demasiado otimista acreditar que possamos dividir com clareza, o que é trabalho e vida pessoal não permitindo que uma se confunda com a outra. É como se conseguíssemos entrar em uma piscina cheia de água e saíssemos secos.
Apesar de tudo, existem maneiras de diluir a vida pessoal no trabalho e vice versa criando uma espécie de “combinado” na vivência em ambos em que se aproveita o melhor da vida pessoal e o melhor da vida no trabalho. Trazer o melhor da vida pessoal para o trabalho nos transforma em pessoas mais felizes, pois isto reforça o sentimento de realização familiar que neutralizam as frustrações da rotina do labor. Em contrapartida, levar para casa as conquistas, reconhecimento e realizações no trabalho, eleva a auto-estima, a confiança e a sensação de realização na vida pessoal, aumentando conseqüentemente, a harmonia familiar criando assim, um círculo virtuoso de expectativas positivas.
Combater aquilo que é negativo é importante e nesta receita, só entram componentes que atendam a necessidade de melhorar sempre. Atos deploráveis como demonstração de insatisfação, mágoa, discórdia, rancores devem ser excluídos deste meio. Tudo isso pode gerar um ambiente negativo principalmente para os individuo que reciclam estes ressentimentos do que para os demais que compartilham o mesmo espaço.
Vestir a camisa na organização é aceitar que esta faz parte de sua vida não importando o tempo que estiver nela. É dela que se tiram os recursos para a manutenção do bem estar dos que cuidamos. Há de se fazer um esforço para passar por cima das situações que renegam este fato.
È no ambiente de trabalho que se tem a oportunidade de mostrar aos outros, as nossas competências e habilidades e as razões para isto estão ligadas à necessidade de revelar a outrem, nossas vocações e talentos. Além de atender as necessidades inerentes do individuo na vida pessoal, a atuação deste na organização, se projeta para além do ambiente de trabalho expandindo a sua participação para a melhoria da sociedade de maneira geral, pois os reflexos da contribuição dada a esta, se espalha para outras pessoas que estão ou não, desfrutando do seu convívio. É como se fosse uma troca, faço uma pequena parte para muitos viverem bem e muitos fazem uma pequena parte para que eu viva bem. A pequena contribuição dada no trabalho vai trazer vários benefícios aos outros cidadãos e à comunidade onde ele está locado.
Para a organização, é extremamente importante que seus colaboradores estejam engajados nesta condição para que os objetivos sejam concluídos com sucesso. O colaborador que tem as condições de trabalho disponibilizados e um ambiente de trabalho adequado possui meios de estar centrado nas tarefas do dia a dia sem ter muitos outros motivos para desviar a atenção para outras fontes de preocupações.
Já para o colaborador, o retorno vem na forma de realização pessoal e a sensação do dever cumprido e gratificado.
Portanto, vista a camisa sem remorso.

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