Responsabilidade e envolvimento são palavras fortes que denotam o comprometimento dos atos diante dos fatos. Embora sejam quesitos mínimos para que o indivíduo apresente condições para atuar com confiabilidade na organização, é sempre bom ressaltar estas qualidades deixando clara a necessidade de transparecê-las.
Avaliar se a equipe está atuando de maneira responsável é crucial para se ter parâmetros precisos para dimensionar o resultado das atividades, pois isto aumenta a garantia do atendimento dos objetivos traçados.
Todas as peças da equipe têm que funcionar sincronizadas como uma máquina de precisão onde a responsabilidade entra como um lubrificante com a função de evitar o aparecimento de pontos divergentes que possam causar atritos entre os elementos atuantes. A falta desta pode danificar o delicado e frágil equilíbrio do ambiente de trabalho ocasionando situações conflitantes.
A responsabilidade de cada um pode ser dimensionada observando-se o empenho e o sentido que este é tomado. Não é atribuído ao caráter do colaborador o grau de sua responsabilidade e sim o resultado de suas ações em prol dos demais. A capacidade de visualizar outros horizontes e fazer novas propostas que poderão trazer resultados benéficos para a equipe, deve ser vista como uma grande virtude e não deve ser desprezada.
O profissional responsável deve possuir autonomia para executar suas atividades e deve ser visto como um entrave a menos no já pesado fardo do gestor. Há de se confiar neste, pois com certeza, trará resultados esperados.
E, afinal, como poderemos dimensionar o grau efetivo de responsabilidade de cada um?
É complicado com certeza, mas devemos evitar em levar em conta, as artimanhas daqueles que sabem contornar com bastante maestria, os questionamentos daqueles que os investigam. Existem “espertalhões” que se fazem de responsáveis e, no entanto se formos avaliar as suas ações de maneira global, veremos que são apenas resultados de uma eficiente estratégia de marketing pessoal.
As atividades e propostas sugeridas por estes, a principio se mostram interessante, mas com o passar do tempo, demonstram ser um equivoco. Na ânsia de mostrar serviço, não são medidos da maneira correta, as conseqüências de seus atos e a longo prazo, tornam-se um desastre. Não tratamos aqui a intenção de denunciar aqueles colaboradores que usam deste artifício para se auto-promoverem sem o empenho necessário que justifique o julgamento positivo de suas ações e sim, alertar aos gestores que a mudança de comportamento destes se faz necessário em prol dos demais.
O colaborador que traz em si um alto grau de responsabilidade é fácil ser identificado, mas às vezes por conta de seu comportamento um tanto altruísta, passa desapercebido pois é aquele sujeito que não incomoda. É o último a ser lembrado quando são distribuídas as promoções na organização. É contraditório dizer que o colaborador mais responsável é o menos lembrado na hora de distribuir os frutos conquistados, mas é a pura verdade e acredito que este comportamento é da natureza humana e deveria ser alvo de estudo mais aprofundado.
Então vejamos as situações em que cometemos estes pecados. Basta ver as noticias divulgadas nas mídias e notaremos uma série de denuncias relatando as mazelas de profissionais em várias atividades e as conseqüências negativas para a sociedade de um modo geral. São tantos os casos que chegamos a pensar que o mundo está perdido e me dá a impressão que é tão corriqueiro estes acontecimentos que já fazem parte de nossa rotina e não poderíamos mais viver sem elas. No entanto, muitas coisas boas e corretas estão sendo realizadas por pessoas responsáveis e não são divulgadas como deveriam. Estes profissionais que apresentam um comportamento adequado e agem corretamente diante das suas responsabilidades, são condenados ao esquecimento por conta da idéia de que cumpriram as suas obrigações e é isto que lhes cabem. Por outro lado, aqueles que causam dor, perdas e sofrimentos ganham as páginas e se projetam na sociedade correndo o risco de se tornarem celebridades e ficarem bem por conta desta projeção.
Este é apenas um comparativo para termos a exata noção de como nos enganamos a respeito destes profissionais tão dedicados e o quanto não valorizamos o empenho destes em favor da organização. Cometemos grandes erros não dando a eles a chance de avançar e trazer à luz dos fatos, um pouco de decência nas atividades da organização.
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