A mulher conquista espaço no novo mercado de trabalho.

É de se admirar a quantidade de vagas ocupadas pelas mulheres no mercado de trabalho atualmente. Muitas mudanças ocorreram para que esta realidade se tornasse possível devido à incompatibilidade da presença destas nas empresas.
Uma das causas principais que impedia que este fenômeno acontecesse a tempos atrás e permitisse a utilização da mão de obra feminina nas empresas, era a hostilidade que o sambientes de trabalho apresentavam.
Com muitas atividades realizadas de maneira arcaica o que nos remetia ao inicio da revolução industrial, a mulher evitava se aventurar nestes ambientes em função das orientações recebidas por seus pais, amigos e afeiçoados, pois somente homens de grande coragem ou necessidades extremas ingressavam na empreitada.
No final do século 19 e até os meados do século 20, as mulheres não tinham participação importante no mercado de trabalho ao nível dos dias atuais devido a muitas circunstâncias. Por serem mais delicadas e sensíveis, os administradores evitavam contratá-las temendo o envolvimento destas em situações dramáticas que pudessem colocar o “suposto” bom andamento dos serviços em risco. Fatores emocionais também eram levados em consideração já que a mudança de humor das mulheres é um elemento preponderante neste quadro.
O preconceito era fundamentado na evidente falta de preparo destas para assumir tarefas diferentes das habituais e com receio de um descontrole generalizado das situações que envolvia a gestão das empresas, os responsáveis impediam diretamente a contratação delas para assumirem cargos que exigissem responsabilidade de grande importância.
Com o passar do tempo, foi se notando o enrijecimento nas relações trabalhistas com o avanço dos sindicatos e a conscientização da necessidade de se lutar por condições mais humanas de trabalho por parte do contingente masculino que povoavam as empresas. Os empresários se viram forçados a adotar uma política diferenciada para superar os problemas relacionados com este fato novo. Os trabalhadores estavam convictos que não havia outra maneira de negociar melhorias trabalhistas senão pela imposição e por outro lado, os empresários se sentiram enfraquecidos diante das reivindicações dos trabalhadores, pois estes eram imprescindíveis para o andamento de seus negócios. No principio, as reivindicações foram aceitas o que tornou inviável a manutenção do quadro de funcionários fazendo-se necessário, ajustes para que as empresas voltassem a serem excepcionalmente lucrativas.
Num segundo momento, pensou-se em uma maneira de neutralizar a conquista alcançada pelos trabalhadores para evitar que estes viessem a lançar mãos deste expediente novamente e que fosse revelada a força da imposição. Surgiu então, a figura da mulher neste contexto que seriam o fiel da balança nas negociações futuras pois nelas, estavam depositadas as esperanças dos empresários para equilibrar as forças com os trabalhadores cada vez mais impertinentes. Serviriam como um contra-peso nos litígios trabalhistas.
Desde então, passou-se a vender a idéia da “mulher moderna”, extrovertida e com outras oportunidades além daquelas que até então a elas eram atribuídas. A figura ilibada da mãe cuidadosa dos deveres do lar, na educação dos filhos e protetora dos bons costumes que até então era reverenciada pela sociedade, começou a mudar por interesses velados do poder econômico e de maneira sistemática, foram introduzidas na “era do consumo”.
Considerado até nos dias de hoje como um dos grandes avanços sociais do século passado, a inclusão da mulher no mercado de trabalho como foi realizada, trouxe muito mais atrasos do que benefícios como consideram alguns enganados analistas.
Historicamente o que ocorreu, foi um nivelamento por baixo nas relações trabalhistas e nos ganhos obtidos pelos trabalhadores após as greves realizadas pelos sindicatos. A mulher, seduzida pela possibilidade de se tornar independente financeiramente do homem e galgar novos horizontes quebrando paradigmas que às enclausuravam nos costumes da época, aceitou o desafio e ingressou com a “faca nos dentes” em busca de um lugar ao sol.
Este foi o primeiro passo para a obtenção do lugar privilegiado que ostentam hoje embora haja muitas conquistas a serem obtidas. A mais importante destas está relacionada ao preparo para a ocupação de posições cada vez mais importantes e é de fato o que vem ocorrendo por conta de um fenômeno interessante.
Dada a necessidade da mulher concorrer no mercado de trabalho, esta é preparada desde os primeiros anos de vida a uma formação acadêmica de conteúdos expressivos o que às colocam em vantagem aos homens.
As famílias estão do lado destas, fornecendo condições ideais para avançar nos estudos e este investimento tem um fundo afetivo poderoso já que os pais não querem ver suas “princesinhas” quebrando pedra numa esquina.
É muito fácil ver mulheres ocupando cargos que dependam de conhecimento adquirido para ingresso nestes, pois elas são mais competentes que os homens neste quesito e tiram de letra qualquer um da competição.
Com amplo domínio nas áreas administrativas, passaram a penetrar em outras que até então eram consideradas um grande tabu a participação destas. Engenharia, sociologia, medicina, filosofia e tantas outras atividades que eram monopolizadas para o gênero masculino por conta da crença de que elas não possuíam conhecimento o suficiente para executá-las. Daí, o grande engano dos insensatos, pois além de executar tais atividades com desenvoltura superior aos homens, as fazem com muita competência com um retoque de charme.
Embora a falta de preparo ainda cause alguns pequenos deslizes, a mulher os compensam com mais empenho como se tentasse provar sua capacidade de adaptação às dificuldades do labor.
Lógico que não há criaturas perfeitas na face da terra o que demonstram casos em que estas se comportam iguais aos homens se envolvendo em situações ditas “feias”. Revelam a vocação de um pequeno grupo fazendo coisas improváveis para aquelas que sentem a necessidade de demonstrar o melhor de si em prol do gênero. Articular situações para tirar vantagens em favor próprio, politicagens, corrupção, induzir outros ao erro e tantas outras artimanhas que acabam subtraindo a confiabilidade das demais.
Graças que é um pequeno grupo e o resto é de total confiança.
Ademais, as mulheres fazem valer o investimento nelas aplicados e as empresas têm muito mais a ganhar com a presença delas por perto.
Melhora o ambiente de trabalho de diversas maneiras aumentando a produtividade a níveis importantes. Por natureza, são mais organizadas, proativas, prestativas, persistentes entre tantos outros atributos positivos. Conseguem fazer valer seu poder de persuasão convencendo com mais facilidade a adoção de soluções que no universo masculino são de difícil acordo.
Os benefícios decorrentes da presença da mulher no mercado de trabalho são destacados em todos os níveis de atividades e, no entanto, poucas vezes reconhecido por não poderem contar com as condições mínimas de trabalho a que elas são de direito. Existe um grande número de obrigações estipulada pela legislação que muitas empresas se omitem em cumprí-las. Obrigações que apenas estabelece uma condição mínima de trabalho em que a mulher tem que ter ao seu dispor para melhor desempenhar suas funções. Cuidados como a preservação da integridade pessoal, privacidade, respeito à condição de mãe, cuidados à condição de gestante são primordiais para que se estabeleça um ambiente ideal para que elas se sintam valorizadas no que fazem. Obstruir o direito destas de desfrutar o que a legislação prevê, é um crime imperdoável. O empresário consciente deve ver a oportunidade de contratar a mulher no sentido de explorar seus talentos inquestionáveis para a obtenção de resultados e não com a intenção de ajustar a “folha de pagamento” ao mercado.
Acredito que num futuro próximo, as mulheres dominaram o mercado de trabalho trazendo à luz, uma nova era nas relações “capital x trabalho” em que o equilíbrio prevalecerá e aprenderemos uma coisa importante: Para os negócios existem limites e devemos respeitá-los...

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