A Economia
Solidária é um jeito diferente de produzir, vender, comprar e trocar o
que é preciso para viver. Enquanto na economia convencional existe a
separação entre os donos do negócio e os empregados, na economia
solidária os próprios trabalhadores também são donos. São eles quem
tomam as decisões de como tocar o negócio, dividir o trabalho e repartir
os resultados.
São milhares de iniciativas econômicas,
no campo e na cidade, em que os trabalhadores estão organizados
coletivamente: associações e grupos de produtores; cooperativas de
agricultura familiar; cooperativas de coleta e reciclagem; empresas
recuperadas assumidas pelos trabalhadores; redes de produção,
comercialização e consumo; bancos comunitários; cooperativas de crédito;
clubes de trocas; entre outras.
Alguns princípios são muito importantes para a economia solidária. São eles:
- Cooperação: ao invés de competir, todos devem trabalhar de forma colaborativa, buscando os interesses e objetivos em comum, a união dos esforços e capacidades, a propriedade coletiva e a partilha dos resultados;
- Autogestão: as decisões nos empreendimentos são tomadas de forma coletiva, privilegiando as contribuições do grupo ao invés de ficarem concentradas em um indivíduo. Todos devem ter voz e voto. Os apoios externos não devem substituir nem impedir o papel dos verdadeiros sujeitos da ação, aqueles que formam os empreendimentos;
- Ação Econômica: sem abrir mão dos outros princípios, a economia solidária é formada por iniciativas com motivação econômica, como a produção, a comercialização, a prestação de serviços, as trocas, o crédito e o consumo;
- Solidariedade: a preocupação com o outro está presente de várias formas na economia solidária, como na distribuição justa dos resultados alcançados, na preocupação com o bem-estar de todos os envolvidos, nas relações com a comunidade, na atuação em movimentos sociais e populares, na busca de um meio ambiente saudável e de um desenvolvimento sustentável.
Nenhum comentário:
Postar um comentário